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Métodos terapêuticos para o tratamento da HPB

Astellas

Métodos terapêuticos para o tratamento da HPB

Conheça as principais terapias indicadas para o tratamento de HPB e saiba quais são alguns métodos que podem colaborar com o futuro dos tratamentos relacionados à condição

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), diagnóstico referente à proliferação de músculo liso e células epiteliais na zona de transição prostática, conta com diversas possibilidades terapêuticas. Porém, nos últimos anos, novos métodos surgiram e colaboraram para a progressão e o aprimoramento técnico relacionados ao tratamento desta condição1,2.

De forma geral, os tratamentos indicados pela American Urological Association (AUA) para pacientes com HPB são:

Manejo medicamentoso
Entre os métodos farmacológicos disponíveis para tratamento da HPB estão as classes de medicamentos antagonistas alfa-adrenérgicos (alfa-bloqueadores), agonistas beta-adrenérgicos, inibidores da 5-alfa-redutase (5-ARIs), anticolinérgicos, análogos da vasopressina, inibidores da PDE- 5 e fitoterápicos¹.

A escolha terapêutica depende, entre outros fatores, do tipo de sintomas do trato urinário inferior (LUTS)  do paciente, que podem ser de armazenamento (aumento da frequência urinária, noctúria, urgência, incontinência urinária e enurese noturna), de esvaziamento (jato fraco, intermitência, hesitação miccional, esforço miccional e gotejamento terminal), e pós-miccionais (sensação de esvaziamento incompleto e gotejamento pós-miccional)3.

Manejo cirúrgico
Nos casos em que o paciente não deseja tomar uma medicação diária ou haja falha na terapia medicamentosa, modalidades de tratamentos mais invasivos são necessárias. Quando há a apresentação de certas condições como alteração de função renal, retenção urinária refratária, infecções do trato urinário (ITUs) recorrentes, cálculos vesicais ou hematúria grave (secundária à HBP), também há a indicação de tratamento cirúrgico¹.

Entre eles estão¹:

  • Ressecção transuretral da próstata (RTUP);
  • Prostatectomia simples;
  • Incisão transuretral da próstata (ITUP);
  • Vaporização transuretral da próstata;
  • Vaporização fotosseletiva da próstata (PVP);
  • Urolift;
  • Terapia transuretral por microondas (TUMT);
  • Ablação transuretral com agulha (TUNA);
  • Enucleação a laser;
  • Aquablação;
  • Embolização da artéria da próstata (EAP).

Novos métodos cirúrgicos para HPB

Um avanço recente no tratamento cirúrgico de HPB é a aquablação, tecnologia não térmica cujo objetivo é ressecar tecido prostático com eficácia e segurança equivalentes ou superiores à da ressecção transuretral da próstata (RTUP) em glândulas de até 150mL, e com resultados satisfatórios relacionados à ejaculação retrógrada2.

A possibilidade de menor índice de complicações, como a ejaculação retrógrada, com o surgimento desses novos métodos é fundamental, visto que essas situações podem afetar consideravelmente a qualidade de vida do paciente2.

Dessa forma, novos procedimentos, principalmente os minimamente invasivos, que utilizam novas tecnologias com o intuito de tratar a obstrução infravesical ocasionada pela HPB, estão em fase de estudo e desenvolvimento. Atualmente, técnicas como o Urolift e ablação por vapor, também estão sendo aperfeiçoadas e projetadas para que, no futuro, possam sem empregadas a nível ambulatorial com a utilização de anestesia local2.

Nesse cenário, até as terapias mais tradicionais, como a prostatectomia simples têm evoluído, podendo ser realizada pela técnica robô assistida. Com o desenvolvimento desses novos métodos terapêuticos para a HPB, tem havido uma preocupação maior em relação à função sexual, em especial à prevenção da ejaculação retrógrada. Isso, porque a preservação das estruturas do colo da bexiga pode estar associada à preservação da ejaculação anterógrada, principalmente em casos de pacientes com grandes lobos medianos intravesicais2.

Referências

  1. Foster H et al. American Urological Association (AUA) [Internet]. Benign Prostatic Hyperplasia: Surgical Management of Benign Prostatic Hyperplasia/Lower Urinary Tract Symptoms (2018, amended 2019). Acessado em: 05 jun 2020. Disponível em: <https://www.auanet.org/guidelines/benign-prostatic-hyperplasia-(bph)-guideline>.
  2. Alex T. Recent advances in prostatectomy for benign prostatic hyperplasia. F1000Res. 2019;8:F1000 Faculty Rev-1528.
  3. Abrams P, Cardozo L, Fall M et al. The standardisation of terminology of lower urinary tract function: report from the Standardisation Sub-committee of the International Continence Society. Neurourol Urodyn. 2002;21(2):167-78.